LIRA DO PÔR DO SOL
Volto na tarde sem brisa,
vou pelos túneis do tempo,
para ver se em algum atalho
encontro a manhã da infância,
cheia das rosas de maio,
cheia de andores azuis...
vou pelos túneis do tempo,
para ver se em algum atalho
encontro a manhã da infância,
cheia das rosas de maio,
cheia de andores azuis...
- Nas procissões da Esperança,
eu tinha pássaros na alma
e ramos verdes na mão...
Nossa Senhora da Glória!
ao longo das alamedas
quanta luz havia então!
Volto na tarde sem brisa...
Mas só encontro os presságios
dos nimbos que se aglomeram
da grande noite parada
no chapadão dos novembros...
Mas só encontro os presságios
dos nimbos que se aglomeram
da grande noite parada
no chapadão dos novembros...
-Em que atalho do passado,
em que alameda perdida
ficou a manhã da infância,
cheia de rosas de maio
cheia de andores azuis?
Antonieta Borges Alves
In Lírios de Pedra
* Nasceu em Cruzeiro (São Paulo)18/09/1906.
Jornalista, Poeta e professora.
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